Covid Big Data: uma análise 360º dos impactos econômico e sociais trazidos pela pandemia do novo Coronavírus

Estudo de abrangência inédita no Brasil, promovido pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais Espirito Santo – F?ACIAPES, em parceria com o Sebrae-ES, avalia impactos da Covid em afastamentos e mortes laborais no municípios capixabas de Alegre, Castelo, Guaçuí, Santa Maria de Jetibá e Vila Velha.. Ao todo, foram mapeadas de jan/20 a fev.21, 60 ocupações profissionais entre as quais figuraram auxiliares administrativos, caixas de banco, garçons, frentistas, motoristas de ônibus urbano e rodoviário, operadores de caixa, recepcionistas de hotel e vendedores do comércio varejista.

O total de afastados por Covid-19, nos municípios pesquisados, foi de 1170 em Vila Velha, 78 em Santa Maria de Jetibá, 72 em Castelo, 49 em Guaçuí e 38 em Alegre no período de jan/20 a fev/21.

Quanto à taxa de mortalidade por Covid-19, entre as ocupações pesquisadas, de jan/20 a fev/21, foi de 0,360% contra uma taxa média de mortalidade de 2,123%, em relação à população do Estado do Espírito Santo. Nos municípios de Alegre, Guaçuí e Jetibá, de jan/20 a fev/21, não ocorreram mortes por Covid-19, em relação às ocupações selecionadas. Foram registrados 05 óbitos, no total, neste período, 04 no município de Vila Velha e 01 no município de Castelo por Covid-19.

Ao se analisarem os setores econômicos, os dados mostram a Agropecuária como o setor mais impactado, pois possui a maior taxa de afastamento por COVID-19 em relação ao total de empregados afastados por doença, porém não possui números absolutos altos, quando comparado aos demais setores pesquisados. Em um total de 155 empregados, 4 foram afastados, todos por Covid-19, portanto, 100% dos afastamentos registrados no setor.
O Setor de Comércio afastou mais empregados por COVID-19 que o de Serviços, porém Serviços afastou mais empregados por ou outras doenças e causa que o Comércio. A taxa de afastamento de empregado por COVID-19, em relação ao total de empregados afastados por doença, é 31,45% para Serviços e 40,24% para Comércio, sendo esse setor mais afetado, partindo-se do número absoluto de empregados. Isso significa que o setor de Comércio afastou menos empregados por doença do que Serviços, mas, quando se analisa afastados por COVID-19, houve mais afastamentos. Nota-se, neste aspecto, que o Comércio e Serviços tiveram taxas relativamente próximas de afastamento trabalhista por Covid-19 40,24% e 31,45%, sendo, em tese, o setor de Comércio mais exposto a contaminações devido ao contato mais frequente com o público que em outras atividades econômicas.

Quando agrupadas as principais ocupações pesquisadas (80% ou mais do número de trabalhadores), nos municípios citados, a média de afastamentos por Covid-19, por período superior a 15 dias, ficou ao redor de 3,8%. Isto significa que a cada 100 trabalhadores, número inferior a 4 foram afastados por Covid-19. Não houve grande disparidade de taxa de contaminação nessa massa de trabalhadores, superior a 80% das pessoas empregadas, nas ocupações pesquisadas, independentemente da pressuposta maior exposição ao risco de contaminação inerente a algumas profissões. O aspecto singular desse percentual é que nos 5 municípios pesquisados, o índice de afastamento geral foi de 3,770% (Alegre), 3,835 (Castelo), 3,816% (Guaçuí), 3,829% (Santa Maria de Jetibá); e 3,816% em Vila Velha.

Na Administração Pública, a taxa de contaminação por Covid-19, em relação aos 100% de afastamentos trabalhistas registrados, ficou em 71,17%, pois do total de 87 afastamento registrados, 62 se deveram à Covid-19.

O mapeamento levou em consideração apenas as 60 ocupações profissionais, conforme Classificação Brasileira de Ocupações. O Estudo Covid-19 teve a coordenação técnica das empresas de consultoria Forward e Nous Sense Making.

Foram abarcados pelo estudo apenas pessoas ocupadas com vínculo empregatício (carteira assinada) nas localidades de interesse, por meio da seleção de cinco (5) grandes bases oficiais de dados, em que a aplicação de modelos matemáticos e o desenvolvimento de consistentes algoritmos, possibilitaram visualização ampla e profunda de todas as facetas analisadas.
A Classificação Internacional de Doenças (CID) foi adotada como parâmetro de análise da causa das mortes e de afastamentos de trabalhadores especificamente relacionadas à Covid-19.

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